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Domine o Nascer do Sol: Segredos de um Fotógrafo Viajante

Descubra como capturar a luz perfeita com qualidade profissional, usando apenas o celular.
Arquipélago São Pedro e São Paulo | Oceano Atlântico: nunca rezei tanto para um pássaro!

Nada melhor do que aprender sobre luz com quem explora os lugares mais desafiadores do planeta. Seja fotografando o nascer do sol em uma praia ao lado de casa ou registrando o brilho tênue do amanhecer na Amazônia, os segredos que compartilho aqui valem para qualquer cenário e celular.

Chegar cedo é essencial

Nas minhas expedições fotográficas, sempre consulto um app (calma, vai ter um post sobre ele) para planejar não só o horário exato do nascer do sol, mas também a trajetória que ele fará no céu. Essa preparação é a diferença entre uma foto comum e uma imagem digna de exposição.

No caso da filmagem de hoje, o sol nasceu às 5:35h, mas eu já estava no local uma hora antes, pronto para encontrar o enquadramento perfeito.

Eu moro no Recreio há alguns anos e diariamente saio com o celular para fotografar, conheço bem a área, caso seja sua primeira incursão pelo local planejado, não tente buscar pontos e aberturas de trilha na escuridão total, mesmo com uma lanterna, reserve um ou mais dias para entender e conhecer o lugar com bastante luz natural.

Capturar o nascer do sol com o celular é uma arte, mas tem um segredo que muita gente esquece: evite incluir o sol diretamente na foto!

Estação Científica do Arquipélago São Pedro e São Paulo, Marinha do Brasil

Por que evitar o sol dentro da cena?

1️⃣ Flare indesejado: Raios solares entrando no eixo da lente podem gerar aquele “flare” desagradável.

Se a lente estiver suja ou engordurada (quem nunca?), denuncia logo que a foto foi feita com um celular. Eu sigo a máxima: "a arte está em esconder a arte." Quanto mais natural e limpa a imagem, mais profissional o resultado.

2️⃣ Limite do sensor vs. olho humano: Nosso olho é uma máquina incrível, capaz de ver muitos mais detalhes tanto nas nuvens iluminadas quanto nas densas sombras. Os sensores de celular, menores e mais limitados, são incapazes de lidar com essa mesma variação.

Esse é, sem dúvida, o maior problema que alguém enfrenta quando começa a fotografar com celular: entender que o que se vê é totalmente diferente daquilo que será registrado. Quando essa falha é corretamente entendida, o maior problema vira o seu maior trunfo!

Removendo o sol do quadro, a fonte de luz mais intensa, você facilita o trabalho do sensor. Isso cria uma exposição mais harmônica e permite que as tonalidades da cena sejam capturadas e editadas de forma muito mais equilibrada.

E, convenhamos: qual a graça daquela bola branca, o Sol, queimando a foto?

A Arte está em esconder a Arte

NPaOc Araguari (P-122) e como fotografar o nascer do sol com celularNPaOc Araguari (P-122) e como fotografar o nascer do sol com celularNPaOc Araguari (P-122) e como fotografar o nascer do sol com celular
NPaOc Araguari (P-122), 4 dias de viagem até o Arquipélago

Latitude de exposição: O conceito por trás da técnica

Latitude de exposição é a capacidade de um sensor (ou filme) de registrar detalhes em áreas superexpostas e subexpostas da mesma imagem. Em câmeras profissionais, essa latitude é bem maior.

No celular, o pequeno tamanho do sensor reduz essa margem e, em um país com luz intensa 3/4 do ano, você tem as condições ideais para a “tempestade perfeita”. Mas, eliminando o sol do quadro, você ajuda o celular a trabalhar dentro do seu limite de latitude, criando imagens mais bonitas e detalhadas.

Em breve, irei revelar uma técnica parecida, que usei nos retratos feitos com celular, durante os 6.000km percorridos dentro dos rios da Amazônia, mostrando o atendimento à população ribeirinha feito pela Marinha do Brasil.

Vai perder esses retratos? Claro que não, né? 😃Assine a maior newsletter de Fotografia do Brasil


Mega Bônus:
Para criar fotos diferentes, você terá que pisar em locais diferentes!

O vídeo é autoexplicativo: esqueça chinelos, tênis de corrida, sapato alto, rasteirinhas e afins. Você não é um turista, é um fotógrafo!

Uma boa bota de caminhada é tão necessária quanto seu celular, lembre-se de que uma torção, um prego, espinhos, bolhas e topadas podem aniquilar sua expedição, meses de planejamento e todo o seu investimento financeiro podem ir por água abaixo (como quase foi a voadeira no vídeo) pelo uso de um calçado inapropriado.

Uma bota que se mostrou uma brava companheira, me acompanhando da Antártica (na versão para neve) até as densas Florestas da Amazônia foi a Quechua, não tenho do que reclamar delas: impermeável, cano alto, excelente solado traçador e aderente, indestrutível, foram judiadas das piores formas possíveis, passaram no teste!

Curtiu as botas que sobreviveram à Antártica e à Amazônia? Confira os modelos aqui – garanto que são indestrutíveis!”

QUERO A QUECHUA MASCULINA


QUERO A QUECHUA FEMININA

Conclusão:

Se dominar o nascer do sol exige controle da luz intensa, capturar retratos autênticos na Amazônia pede o mesmo olhar atento. Em breve, vou te mostrar como apliquei essas mesmas estratégias para vencer o excesso de luz e criar imagens de tirar o fôlego nas comunidades amazônicas, usando as casas dos moradores como estúdio fotográfico!

Prepare-se para o próximo post. Cada cenário, uma nova luz. E cada luz, uma história pronta para ser capturada.

Boa Luz & Boa Sorte


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